Baphomet

Significado do símbolo Baphomet

Baphomet é um símbolo muito comum dentro do esoterismo como um tudo, estudado por magos e alquimistas, ordens iniciáticas e curioso do ocultismo. É uma figura que carrega vários significados e quanto mais se aprofunda em seu estudo, mais esses significados vão fazendo sentido.  Assim, podemos dizer que o Baphomet pode ser associado a cabala, ao tarô, a numerologia, a astrologia, hermetismo, enfim, a todo tipo de conhecimento místico.



Uma das coisas fundamentais que o Baphomet representa é a dualidade da existência. A ideia de que tudo no universo é ambivalente, se dividindo em dois princípios opostos e complementares. Por exemplo, luz e escuridão, dia e noite, masculino e feminino, alto e baixo, fora e dentro, calor e frio e assim por diante. A figura foi concebida para que em seu desenho isso fosse representado de várias formas diferentes simultaneamente.



Origem de Baphomet



A origem do Baphomet não é conhecida de forma precisa, existem várias teorias a respeito. Existem menções a figuras com características que permitem uma certa associação a do Baphomet que conhecemos hoje, pelo menos desde o século X. Entretanto, acredita-se que suas origens são bem mais remotas, estando ligada a antigas práticas esotéricas do Egito e da Índia, bem como ao paganismo grego e celta, entre outras origens.







É consenso entre os estudiosos que os Cavaleiros Templários foram os primeiros a dar uma importância especial a figura do Baphomet. Conhecidos também como Ordem dos Cavaleiros do Templo ou ainda Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo, os Templários, foram perseguidos pela Igreja Católica por volta do século XIV, entre outras coisas, por cultuarem a figura do Baphomet, que por seu aspecto animalesco e misterioso, foi associado com o Diabo pelos cristãos. Graças a isso a ordem chegou ao fim, muitos de seus membros foram presos, torturados e queimados vivos.



A figura do Baphomet tal qual conhecemos hoje, só é definida no século XIX pelo mago francês Eliphas Levi (1810-1875). Levi, que também era desenhista, apresenta sua criação no famoso livro Dogma e Ritual de Alta magia, considerado um clássico dentro do ocultismo. No livro o autor faz um estudo sobre a figura e apresenta sua concepção do Baphomet numa ilustração que se consagrou tanto nos meios ocultistas como entre os leigos graças a uma polêmica.



No final do século XIX Baphomet se envolveu numa polêmica que lhe trouxe fama. Depois de denúncias de que os Maçons adoravam-no como a um Deus e faziam rituais em sua honra, a Igreja Católica, entre outras autoridades cristãs ligadas a outras igrejas, passaram então a tomar medidas contra a Maçonaria. Contudo, o autor das denúncias, Leo Táxil, que havia feito muito sucesso publicando um livro com elas, vem tempos depois a público dizer que inventou tudo.



Apesar disso, cristãos de todo o mundo até hoje acreditam ou compartilham de um certo inconsciente coletivo para o qual de fato Baphomet seria a figura do diabo adorado pela Maçonaria ou no mínimo a representação de um demônio. Os maçons, como qualquer um que pesquise o ocultismo, estudam sim a simbologia que carrega Baphomet, mas não tem uma relação de adoração e idolatria para com a imagem.



O Simbolismo do Baphomet





A imagem do Baphomet apresenta características de três animais e do ser humano. Podemos identificar na imagem o chacal, que faz uma referência ao deus egípcio Anúbis. O touro como referência ao elemento terra e o bode como referência ao elemento fogo.



Sobre a cabeça da imagem há uma tocha, que representa a iluminação espiritual. Os dois chifres representam as duas colunas da árvore da vida da cabala, da mesma forma que as duas luas que vemos na imagem, representando a coluna da misericórdia e do rigor, no lado direito e esquerdo respectivamente. O pentagrama é um símbolo da magia, representando os 4 elementos da natureza mais o espírito, e na imagem aparece virado pra cima sobre a testa da criatura.



Nos dois braços do Baphomet vemos escrito “solve” e “coagula”. “Solve” aparece no braço direito que aponta para cima, enquanto que no braço esquerdo que aponta para baixo vemos a palavra “coagula”. Isso faz referência aos dois aspectos do espírito, que pode estar dissolvido e se confundir com a luz astral, ou pode estar identificado com a matéria, o mundo físico. Isso alude ainda ao princípio hermético que diz que tudo que existe em cima é como o que existe embaixo, que dentro do cristianismo pode ser interpretado como “assim na Terra como no Céu”. 



As escamas na imagem fazem alusão ao controle sobre o elemento água, que pode ser entendido como as emoções; as asas remetem ao controle sobre o elemento ar, que pode ser compreendido como a razão; as patas de bode, são um símbolo do controle sobre a Terra ou o mundo material; enquanto que a chama sobre a cabeça pode ser também entendido como o controle sobre o elemento fogo, o conhecimento das verdades do espírito.



A figura tem aspectos humanos, tanto de homem quanto de mulher, tem seios e ao mesmo tempo uma representação fálica. Significa que o espírito não tem sexo, é homem e mulher, e que é a condição humana que divide os sexos tal qual experimentamos. Os seios representam também a maternidade e a fertilidade, enquanto que o falo se identifica com o Caduceu de Hermes, envolto por duas serpentes que são a Kundalini a energia sagrada responsável pelo desenvolvimento dos chakras



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