Pirraça: como agir diante dela

Ser mãe é, sem dúvida, uma das grandes alegrias que uma mulher pode ter na vida. Nada é mais motivador do que pegar no colo aquele criaturinha miúda e linda em seus primeiros dias de vida. Ver os filhos crescerem saudáveis e virarem crianças ativas e falantes é outra dádiva que as mães desejam. Mas em meio há momentos tão felizes, há situações difíceis de lidar, que não aparecem no mundo mágico das propagandas de papinha. Uma destas situações é terrível, angustiante, irritante e desafiadora: a pirraça.

Toda criança, por mais educada e bem humorada que seja, vai um dia fazer uma mega pirraça, seja por sono, fome ou frustração por receber um “não” a uma solicitação. Daquelas de se jogar no chão, espernear, responder ou “empacar”. Se a pirraça for por sono, ou fome (e isto nós pais aprendemos de forma empírica, na prática, a identificar), a melhor solução é a mais óbvia: dar o que comer, ou colocar para descansar, que passa.

Mas se a pirraça for frustração por receber um “não”, e vir acompanhada por respostas que causam perplexidade, como “Eu te odeio”, “Você não me entende, você não me ama”, “Eu quero que você morra”, “Você não manda em mim”, “Se você não fizer, o papai faz” (ou a mamãe faz) e “Quero agora”, é preciso se posicionar. Antes de se irritar, ou ficar super magoada com estas respostas agressivas, saiba que elas não são literais, pois muitas vezes as crianças pequenas nem sabem direito o que elas significam.

Para facilitar, nós agrupamos elas de acordo com sugestões de posicionamentos simples, e calmos, que podem surtir efeito:

“Eu te odeio”, “Você não me entende, você não me ama”, “Eu quero que você morra”

Normalmente ditos na hora da raiva, o que a criança está dizendo na verdade é que está contrariada, frustrada com a situação, em não poder fazer o que quer. Na vida, todos deixamos de fazer o que queremos em várias situações, e a criança está começando a aprender isso. Não vale a pena retrucar nestas situações, o melhor é não gritar nem se alterar, mas falar com calma, e firmeza, explicando a situação uma ou duas vezes. Se a pirraça persistir, não retruque, e mantenha a decisão. Espere a criança se acalmar. E lembre-se do que foi dito antes, muitas vezes a criança não tem a medida da gravidade do que está dizendo (como por exemplo perder a mãe – ou o pai). Se a raiva é grande,e as explosões são frequentes, procure ir conversando aos poucos com seu filho para saber qual o real motivo da raiva e impaciência, para então atuar na causa e aliviar a tensão.

“Você não manda em mim” e “Quero agora”

É preciso impor limites e regras, e ser firme com elas. Por mais sentimento de culpa que você possa ter, vez por outra, pense que você está fazendo um bem ao seu filho, pois as regras estão presentes na vida de todos, e é preciso aprender desde cedo a identificar estas regras de convivência, e segui-las, para diminuir as frustrações futuras por problemas de relacionamento. Seja na escola, com os amigos, no trabalho ou com a sociedade. Os limites e as regras são parâmetros muito importantes para a vida em sociedade.

“Se você não fizer, o papai faz” (ou a mamãe faz)

Esta frase pode indicar desacordo, ou desalinhamento, entre os pais sobre quais são as regras e os limites dos filhos. É importante sentar para conversar com o seu marido (ou ex), sempre com muita calma e tato, e mostrar que a regra deve ser uma só,e seguida pelos dois. Escute o que o pai tem a dizer, ceda no que é importante pra ele, e tente fazê-lo entender os pontos que você considera importantes. Alinhe os limites e regras, os pais e os filhos só tem a ganhar com isto.

Fonte: www.dasmariasblog.com